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Troia – Quem descobriu a cidade lendária?

Quem descobriu Troia? Que importância tinha essa cidade? Onde nasceu a lenda? O que foi feito dos tesouros troianos?

Tempo de leitura: 3 min

Quem nunca ouviu falar da Guerra de Troia? Durante muito tempo essa cidade foi uma lenda, parte de uma das obras mais conhecidas da antiguidade: A “Ilíada”, de Homero.

Seria, contudo, essa cidade um lugar real, ou apenas um mito criado pelo poeta grego? Essa dúvida permaneceu até o século XIX, quando pela primeira vez uma pista levou à possibilidade de que fosse real. Mas quem foi o pesquisador que descobriu a cidade lendária de Troia? E o que exatamente foi essa cidade lendária?

Quem descobriu Troia?

A CONTRIBUIÇÃO DE Homero

Na obra épica de Homero, composta pela “Ilíada” e pela “Odisseia”, Tróia é celebrada como o cenário grandioso e trágico da Guerra de Troia.

O autor descreve vividamente os heróis gregos, como Aquiles e Ulisses, que lideraram o cerco à cidade, e os destinos entrelaçados dos personagens troianos e gregos.

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Exalta-se na obra literária a beleza de Helena, a causa raiz do conflito, assim como a astúcia de Ulisses e a coragem de Héctor. A narrativa também revela os aspectos mais sombrios da guerra, mostrando o sofrimento dos soldados e a destruição inexorável que se abateu sobre a cidade.

Através da prosa hábil de Homero, ela ganha vida como um palco épico onde os deuses se envolvem nos assuntos dos mortais. Homero retrata as tragédias e triunfos da humanidade de maneira magistral e empolgante.

Como era vista na antiguidade

No mundo antigo, as pessoas amplamente consideravam Tróia um lugar real, não apenas lendário, pois as histórias épicas sobre a cidade, narradas por poetas como Homero, eram amplamente aceitas como parte da história grega e da tradição oral.

Reforçava-se a crença na sua historicidade pelo fato de que antigas cidades gregas e romanas frequentemente reivindicavam descendência ou conexões com personagens da história troiana. Os romanos alegavam, inclusive, que sua fundação estava relacionada ao herói troiano Eneias.

Entendia-se, assim, como uma cidade real com um passado glorioso, além de ser um local lendário que fazia parte da mitologia grega. Entretanto, a questão de sua localização real permaneceu sem resposta por muito tempo, até que um arqueólogo amador fez uma grande descoberta.

A busca

Heinrich Schliemann foi um explorador alemão no século XIX, e seu empreendimento era cheio de mistérios e dificuldades. Schliemann começou suas escavações em busca de Tróia em 1870, e a identificação do local como Hisarlik, na atual Turquia, foi feita após uma minuciosa análise das descrições geográficas encontradas nas obras de Homero.

Sua empolgação inicial, contudo, o levou a escavar de maneira apressada, causando danos consideráveis a camadas arqueológicas valiosas. No entanto, essa primeira expedição não foi em vão. Schliemann fez descobertas notáveis, incluindo jóias e objetos de cerâmica que ele acreditava pertencerem a Tróia.

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Escavações Incansáveis

Schliemann comprovou que a região de Hisarlik era, de fato, o local da antiga Tróia, ao encontrar uma série de cidades superpostas. Suas escavações incansáveis estabeleceram as bases para pesquisas arqueológicas subsequentes, oferecendo um alicerce sólido para estudos que confirmaram a sua importância histórica.

Heinrich Schliemann se tornou famoso não apenas por descobrir a cidade lendária, mas também por sua descoberta de Micenas, na Grécia. Suas explorações empolgaram de tal forma o imaginário do início do século XX que inspiraram o cinema na criação dos famosos filmes de arqueólogos aventureiros, como Indiana Jones.

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Schliemann teve suas falhas como arqueólogo, num período em que não se discutia tanto sobre a necessidade de preservar o patrimônio histórico. Mas teve também seu mérito, pois foi graças ao seu trabalho incansável que Troia deixou de ser apenas uma lenda, e pudemos conhecer melhor alguns detalhes do mundo antigo. As descobertas de Schliemann foram divididas em três partes.

AS DESCOBERTAS

Em 1873, Schliemann fez sua primeira descoberta na cidade de Hissarlik, na Turquia, identificando-a como a lendária cidade de Troia. Assim, ele encontrou camadas de cidades destruídas umas sobre as outras, correspondendo a diferentes períodos da história da cidade.

Entre os artefatos que ele encontrou, estavam joias de ouro e prata, placas com inscrições em escrita linear A e uma máscara funerária em ouro que ele acreditava ser do rei Agamenon.

Schliemann fez a segunda descoberta em Micenas, na Grécia, identificando-a como a cidade dos reis gregos mencionada na “Ilíada” de Homero. Ele localizou a famosa tumba do chamado “Rei Agamenon”, que continha tesouros em ouro e prata, como coroas, joias e objetos de arte.

A terceira descoberta de Schliemann ocorreu na cidade de Tiryns, também na Grécia, onde ele encontrou ruínas de palácios micênicos e uma muralha ciclópica. Posteriormente, ele enviou suas descobertas para diversos museus.

DESTINO DOS TESOUROS TROIANOS

As descobertas de Tróia se dividiram entre o Museu de Berlim, o Museu Britânico e o Museu de Istambul, enquanto o ouro de Micenas encontrou seu lar no Museu Nacional de Atenas, na Grécia. Schliemann manteve algumas das joias de ouro para si, porém, após sua morte, o Museu de Berlim ficou com elas como doação.

As descobertas de Schliemann desempenharam um papel crucial no estudo da arqueologia e da história antiga, especialmente nas regiões da Grécia e da Turquia.

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